tag:blogger.com,1999:blog-5263851928140452332024-02-02T00:37:41.700-08:00lua e brisaLuísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.comBlogger192125tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-89843817081730824022015-04-08T08:01:00.000-07:002015-04-08T08:29:27.201-07:00Ah, é tanta coisa...<div style="text-align: justify;">
Pensei que não voltaria mais aqui. A última vez que escrevi qualquer coisa pro blog foi em janeiro, e, ainda assim, já havia bloqueado a privacidade do blog. Estava decidido: ia mudar de endereço.</div>
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Fui amadurecendo a ideia e hoje já estão quase nítidos pra mim o nome, a estrutura, o conceito e alguns esboços do layout (os freebies da <a href="http://www.followyourdreams.com.br/" target="_blank"><span style="color: blue;">follow your dreams</span></a> tem sido de grande estímulo, devo dizer). Mas não imaginei que voltaria ao lua e brisa pra falar sobre isso. Tô sensível e estésica. Deve ser a tpm. E a aula de <em>hispánicas</em> ontem sobre <em>vanguardias europeas</em>. </div>
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Mas - se é que este é o post derradeiro -, pensando bem, acho justo oficializar a despedida do blog num post que o encerre, definitivamente, mesmo que eu volte a torna-lo privado, depois. Dos meus 3 blogs na mesma linha que este (desconsidero o anônimo e o anoréxico), o lua e brisa foi o que durou mais tempo. 2011-2015 é um verdadeiro recorde. </div>
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Comecei e terminei dois namoros aqui. Comecei outro. Me joguei aqui. Passei do Ensino Médio pra faculdade, vivi meu trote, compus, criei, sonhei, vivi. Fui do teatro musical pro social, e comecei a escrever uma peça que junta os dois. Dei minha primeira aula, consegui um estágio dos sonhos, conversei com tanta gente boa de fora do Rio! Fui tão triste e tão feliz! Aqui, aqui, aqui. Sob um luar que ilumina tudo e uma brisa leve, mas que faz dançar até a mais sisuda das árvores. Ao som de Chico. É, meu queridinho, meu refúgio, meu alento de tanto tempo, acho que terminamos por aqui. Mas tenho <strong>cer-te-za</strong> de que vamos nos falando <strike>e de que você não vai virar a cara pra mim que nem a minha ex ta fazendo sem motivo nenhum</strike> e que seremos grandes amigues <em>por siempre</em>. Como se dizia nos tempos de Orkut, amo/sou lua e brisa. Literalmente. </div>
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Mudei, <em>es cierto.</em> Sou a mesma, mas mudei, entende? Então, eu (meu eu-sonho) não posso mais morar aqui.</div>
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Pensava em alterar o nome da página (no facebook) desse blog pro nome do blog que virá, e vincular blog e <em>page</em> à minha produção de cadernos, pra ampliar e facilitar o processo de divulgação etc que, confesso, me dá uma preguiça danada de fazer. Mas lendo alguns blogs aleatórios por aqui, acabei pensando que talvez o blog precise ter mais cara de diário do que eu pensei. (Lê-se: talvez <strong>eu</strong> precise disso. Até porque meu diário acabou, e eu tô esperando a Yaiá trazer meu novo do Caribe ao invés de tomar vergonha na cara e fazer um caderno pra mim).</div>
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Dos que andei visitando, <span style="color: black;">o </span><a href="http://www.omundodaana.com/" target="_blank"><span style="color: blue;"> mundo da Ana</span></a> foi o que mais mexeu comigo. Essa história dela de fazer posts com os desejos da semana me lembrou aquela oficina de teatro acessível em que o cara falava da menininha do livro da mãe da Tatá Werneck, que se perguntava diariamente qual era seu <strong>sonho do dia</strong>. Não as metas do ano (que foram as responsáveis por me fazer chegar, do meu velho conhecido <a href="http://morandosozinha.com.br/como-cumprir-suas-metas-para-2015/" target="_blank"><span style="color: blue;">blog da Fran</span></a>, até o blog da Ana), não os sonhos da noite: os sonhos <strong>do dia</strong>. As metas <strong>do hoje</strong>. A razão de sair da cama quentinha <strong>hoje</strong>. </div>
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<strong>Hoje</strong> tenho que entregar os cadernos das meninas pra Marininha, lá no Rio Sul, mas isso eu faço com gosto. Hoje meu amorzinho ta numa angústia sem fim pela incerteza do vestibular - disse que não quer ver ninguém. Mas ta ok, porque eu não ia ter tempo. Teoricamente, depois do Rio Sul, hoje eu <strong>deveria </strong>ir ao grupo de estudos do Motta. Eles vão trabalhar até o capítulo XVI do Dom Quixote, mas eu ainda tô no meio do XII, sem pressa nenhuma de terminar. <br />
<br />
Lembro da época em que estive em depressão e minha então terapeuta dizia "seja gentil com você". Nesse momento o que me dá gana é escrever este post, então é o que farei. E ponto. Na hora decido se vale a pena ir ao Motta ou se vou pra casa planejar a aula de sábado ou se dane-se tudo e vou ver aqueles filmes da Audrey que a Zuzu me emprestou, ou conferir se o Popcorn Time ta funcionando direitinho. </div>
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Hoje vou mimar meu ego, e é isso aí. Minha única prioridade vai ser a hora de dormir. Chega dessa correria louca me outorgando o que é prioridade, quando quem sente as consequências sou eu.</div>
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Até a próxima lua!<br />
(ou não)</div>
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<em>Besos livianos,</em><br />
<br />
Zanni</div>
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Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-73896516306744408502015-01-06T16:06:00.000-08:002015-01-06T16:06:28.530-08:00Vinte centavos e um café<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O preço da passagem subiu para R$3,40. Extrapolou o absurdo. Moro perto da faculdade e, quando dá, vou à pé. Hoje não dava: combinei de encontrar às 19h30 com uma amiga, para devolver uma saia emprestada há meses. Ela tinha pressa e eu já não tinha mais ânimo para estudar, então calcei o chinelo e, com algum sono, saí rumo ao ponto de ônibus. Trazia no bolso do short duas notas de R$5. Pensei: ótimo! O dinheiro dá certinho para ir e voltar de ônibus e ainda comprar um café. Mas hoje não dava.<o:p></o:p></div>
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Cheguei no ponto e o 239 estava quase saindo. Servia para mim. Teria dado tempo de correr e alcançar, mas eu estava com sono. Não tardaria para passar outro que me servisse. Encostei no poste, entediada, e uma mulher me perguntou e eu ia pegar o 711. Pensei em questionar o porquê da pergunta, mas lhe disse que me servia, sim. Ela então perguntou se eu poderia inteirar sua passagem, exibindo-me umas parcas moedinhas pousadas sobre a mão suja. Respondi que sim.</div>
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As unhas eram curtas. Era mulher. Uma barba rala no rosto, e era mulher. O cabelo comprido e crespo preso num rabo-de-cavalo igual ao meu. Era igual ao meu, era igual a mim, era mulher! Outrora ouvira: "mas e Deus? mas e o inferno? mas e teu papel no mundo? mas você acha isso bonito? mas que sem vergonhice!". Era elA. Era eu. </div>
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Perguntou quanto custava mesmo a passagem. Disse-lhe o preço. Ela se espantou. Perguntou-me se eu me lembrava das manifestações contra o aumento das passagens em 2013. Conversamos, indignadas. Passou 638, passou 433, e mais um tanto de ônibus que servia para mim, que tinha marcado hora com a amiga e queria café. Mas não titubeei quando ela me pediu o dinheiro que faltava, e sem me arrepender, sabia que abrira mão do café. Sorvi sua pele. Tomei sua dor. Era quente e sem açúcar. O sono passou.</div>
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Subimos no ônibus, paguei duas passagens. Passamos pela horrenda roleta. Ela me agradeceu. Assenti num sorriso. Sentei-me num lugar e ela noutro, mais atrás. Afastamo-nos para sempre, e para sempre estaríamos unidas pelo fardo de sermos mulheres com a ousadia de se exercer num mundo hipócrita e bitolado.</div>
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Sentou-se à minha frente uma mãe com criança de colo. Não saberia dizer se era menina ou menino, a criança. Fiz festinha e aquele comecinho de gente me sorriu um sorriso careca. O sol se punha, lindo, na janela do ônibus. Senti felicidade. Mas já quase chegando meu ponto senti culpa por comprar por R$3,40 o direito de não andar por vinte minutos de casa até a faculdade. Saltei desejando que aquela mulher não estivesse me olhando, e que não pensasse mal de mim por gastar quase quatro contos por preguiça.</div>
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Cheguei ao local do encontro antes do horário combinado. Sentei-me num banco e passei mecanicamente o troco do bolso à carteira. Faltavam agora vinte centavos para que eu pudesse voltar de ônibus para casa (o que é aconselhável, porque o horário, porque o short, porque as pernas de fora, etc). Me ocorreu pedir vinte centavos emprestados de alguém, mas de pronto mudei de ideia. Estava decidido: voltaria a pé. E, definitivamente, não seria só por conta de vinte centavos.</div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-41367408239397397022014-09-10T08:13:00.001-07:002014-09-10T08:13:24.983-07:00<p dir=ltr>Antigamente uma crendice popular contava que uma mulher que sentasse num banco quente engravidaria do último homem que tivesse sentado ali.</p>
<p dir=ltr>Hoje sentei num banco de ônibus aquecido pelo sol dessa cidade. Eu devo estar - pensei comigo - gestando fogo dentro de mim.</p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-1266807562915799372014-08-28T19:15:00.001-07:002014-08-28T19:16:00.157-07:00voluntariadoEstava de férias em Natal quando decidi, num rompante, me desligar de uma bolsa que me pagava pra estar em sala de aula - coisa que amo - pra ter mais tempo pra dar aulas voluntariamente à crianças carentes. Sempre quis fazer algum tipo de trabalho voluntário.<br />
<br />
Desde que dei o primeiro passo pra fora de casa, tenho dado atençõezinhas aqui e acolá a uma certa vovó muito fofa - mas não mais fofa do que a minha - e me dei conta de que voluntariado é doação, onde quer que se esteja. Altruísmo é tirar o amor da prateleira da teoria é encaixá-lo na corredia cotidiana..<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t1.0-9/10441070_10152400584727869_3040480857267903211_n.jpg?oh=b630d4802b6c154152a599a75fb4c9ac&oe=546B52B3&__gda__=1417476261_845ecd83e6eea916226c378f95f3bd39" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t1.0-9/10441070_10152400584727869_3040480857267903211_n.jpg?oh=b630d4802b6c154152a599a75fb4c9ac&oe=546B52B3&__gda__=1417476261_845ecd83e6eea916226c378f95f3bd39" width="240" /></a></div>
<br />Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-23992719271163083752014-08-10T22:02:00.002-07:002014-08-10T22:03:21.533-07:001.9.0Eu me sinto mais bonita<br />
quando durmo com você<br />
Hoje eu sinto que a própria vida<br />
Resolveu amanhecer<br />
<br />
Trazendo consigo uma graça<br />
[própria, uma beleza<br />
Uma casa com forninho e rede<br />
em plena Santa Teresa<br />
<br />
Eu nos vejo de mãos dadas<br />
pelas ruas de Berlim<br />
Eu te vejo num domingo ensolarado<br />
tocando violão pra mim<br />
<br />
Eu nos vejo dentro dessa correria<br />
sem saber o que fazer<br />
Eu me vejo num domingo à noite<br />
cantando só pra você<br />
<br />
Eu prevejo brechas<br />
Eu escrevo peças<br />
Eu faço canções<br />
<br />
Você me desperta<br />
de asas abertas<br />
a plenos pulmões<br />
<br />
E o dia vem, com caixas, flores e papeis<br />
E vem a noite em luas cheias ou não<br />
Vem as tardes de preguiça no sofá<br />
Pina, Oswald, Oswaldo e Beauvoir<br />
<br />
A vitória do cravo vem<br />
E vem morangos e os plantões<br />
venham também. E no mais,<br />
Apontadores-gramofones-cais<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-24085716046588655032014-08-07T04:56:00.001-07:002014-08-07T04:56:16.369-07:004x7<p dir=ltr>Também quero<br>
Morar sozinha<br>
E ter na cozinha<br>
Um forninho amarelo</p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-60967262385105754442014-08-02T09:11:00.001-07:002014-08-02T09:11:31.588-07:00Di<p dir=ltr>Feliz como quando ia "conhecer" a Anahí. Como quando ganhei minha sapatilha de ponta. Como cada vez que me apaixonei por alguém e fui correspondida. Como na primeira e na última vez que subi num palco. Como quando viajei na consciência onírica. Como quando concluí o colégio. Como quando passei pro curso que sonhava na faculdade que queria! Como quando beijei meu amorzinho a última vez, sem precisar pensar em adeus, e poder pensar no próximo beijo, abraço, cafuné. </p>
<p dir=ltr>Hoje, querido diário, eu vou voltar a fazer teatro.</p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-28357656137488277252014-07-25T20:01:00.001-07:002014-07-25T20:01:26.478-07:00fazdeconta<p dir=ltr>Amor é coisa feita à mão<br>
costurada com linha de pipa<br>
numa madrugada-cenário de ansiedade existencial.</p>
<p dir=ltr>Caderno é coisa feita pra guardar poesia<br>
que é o que há de acalentar o dia<br>
que o céu ainda nem bem costurou</p>
<p dir=ltr>Caderno feito à mão é coisa feita de-com-por amor</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDikpRmKBZ07_kUbpWVxM6M-GxlC0jfpmUg5dh9McFADul4YpEJFl9RY_bKe6V1Pk_qAgFMY0XDmYlpDUU6gtF3Uh0P5mvUnTXvJ8CkHR1Pcwxw0PIvhDlOG73wq0CQuW2pw9AU0X2Nv0/s1600/IMG-20140720-WA0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDikpRmKBZ07_kUbpWVxM6M-GxlC0jfpmUg5dh9McFADul4YpEJFl9RY_bKe6V1Pk_qAgFMY0XDmYlpDUU6gtF3Uh0P5mvUnTXvJ8CkHR1Pcwxw0PIvhDlOG73wq0CQuW2pw9AU0X2Nv0/s640/IMG-20140720-WA0005.jpg"> </a> </div>Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-24127963892464911342014-07-17T06:43:00.000-07:002014-07-17T06:43:14.370-07:00Desesperadamente eu grito em portuguêsDepois de meses resistindo, finalmente fui fazer as unhas num salão. Acho que foi a segunda vez que fiz isso na vida. Não que eu seja desprendida de vaidades (aliás, não mesmo), mas existem ambientes que definitivamente não combinam comigo, e salão é um deles. Mas fui lá. Era do lado da minha casa, estava com tempo livre, a unha estava uó, etc. Cheguei na hora marcada e a recepcionista disse "vou chamar a profissional, ta bem?". E ANUNCIOU num microfone:<br />
- Profissional Silvana, cliente espera - com aquela voz de telemarketing, sabe?<br />
<br />
Fiquei embasbacada com tanta pompa. Só queria dar um trato na unha, po. Me incomoda sinceramente esse papo de "profissional". É difícil pra mim entender a resistência das pessoas em chamar uma manicure de manicure. É a mesma resistência que as faz chamar empregadas/diaristas de "secretária", a mesma resistência que as faz chamar negros/negras de "afrodescendente" ou (essas são de doer) "moreninho", "escurinho". "De cor" (ai).<br />
<br />
Caros nativos de língua portuguesa, entendam: se vocês acham que <i>pega mal</i> se referir à alguém como manicure quando ela trabalha pintando unhas, como empregada/diarista se ela vive desse trabalho, como negro ou negra se é a essa etnia que à qual essa pessoa pertence, saibam que vocês estão sendo duplamente preconceituosos. Isso não é ser politicamente correto - é ser hipócrita. Está implícito no discurso de quem chama sua empregada (que é o que ela é já que você a <u>empregou</u>, certo?) de secretária o pavor de que alguém descubra esse tom depreciativo que a palavra empregada adquiriu na mente de quem a evita. A empregada não é menos que você por trabalhar na sua casa. O negro não é menos que o branco (amarelo, vermelho, azul...) que o chama de negro. A manicure não é menos que eu por pintar as minhas unhas - eu vou pagar pelo trabalho no qual ela é especializada e eu sou um terror. Eu sou professora, ela é manicure. Simples assim.<br />
<br />
Outra coisa que me incomodou recentemente no uso equivocado que as pessoas fazem da própria língua foi a total descontextualização de um discurso. Olhe, vou pedir um favor: não descontextualize Paulo Freire. Isso é coisa de gente que compartilha Caio F Abreu no facebook dando os créditos à Clarice ou ao Pessoa (nada contra o Caio, pelo contrário, mas respeitemos os cânones e principalmente as autorias, por favor). Retomando: <b>leia</b> Paulo Freire antes de compartilhar uma imagem criticando o PT (e quero deixar claro que não sou partidária) pra mostrar pros seus amigos da faculdade que você é politizado. Leia porque aí: 1) você vai recobrar sua esperança na humanidade. Freire é o que há. E 2) você vai entender que a intenção dele com aquela frase linda ("Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor") não foi criticar a Dilma nem nenhum político que estivesse sendo alvo de críticas massificadas na época do Pedagogia do Oprimido, senão criticar essa cultura de abuso de poder que temos por aqui.<br />
<br />
Pra me redimir, termino com Caio (creditando à Caio, porque é de Caio): que a revolução venha, "e que seja doce".Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-46793590531707940012014-07-14T18:38:00.000-07:002014-07-14T18:38:28.146-07:00assimTenho vocação<br />
para bocastronomia.<br />
Quero desvendar<br />
as estrelas do teu céu.Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-71660832177947105002014-06-18T06:34:00.001-07:002014-06-18T06:34:22.066-07:00Eu ainda lembro<p dir=ltr>Era aula de geografia. Ensino fundamental II. Daquele professor que dizia que eu era comunista pela bandeira vermelha que eram meus cabelos. Ulisses - tinha que ser esse o nome daquele cara sensacional - conversava com a turma sobre o conceito de "qualidade de vida". Levantei o dedo. Questionei o fato de a medição de qualidade de vida se relacionar com poder aquisitivo e status de um indivíduo. O professor - comunista, por supuesto - olhou pra baixo entre desolado e "você tá certa". Anos depois o encontrei na Cinelândia, numa daquelas manifestações que não eram só por 20 centavos. Ele não me viu, mas vê-lo causou o mesmo turbilhão de sempre dentro de mim.</p>
<p dir=ltr>Continua não sendo só 20 centavos. Qualidade de vida não é poder. Felicidade mora dentro de mim e a correria da cidade não permite que eu mesma me ouça, me toque, me sinta, me cresça. </p>
<p dir=ltr>Vou me desligar do PIBID. Vou distribuir pedaços do céu por aí. Vou me jogar trabalho voluntário. Não faz sentido ser professora e não dar aula da maneira que eu acredito que valha a pena.</p>
<p dir=ltr>Não faz sentido ter dinheiro pras aulas de dança se não tenho tempo de dançar sequer sábado a noite. </p>
<p dir=ltr>Não dá pra ser atriz nas entranhas e ficar sem fazer teatro. Não dá pra estudar Letras e não ter tempo de ler minhas poesias favoritas quando eu quiser ou precisar. </p>
<p dir=ltr> O tempo está a nosso serviço, e corre lentamente a nosso favor. Quero o tempo dos beijos. Dos olhares. Dos abraços e sorrisos. Quero o tempo do vento, das praias, do mantra agradecido ao universo. Quero o tempo das conciliações.</p>
<p dir=ltr>dhanyavad ♡ gratitud ♡ gratidão</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCp2FgXNue7mWvDlSVszQ66iRjxL4-IOIpHVyKKv9vOouMnJnE7savmiw6v8XqSo9RKk_9wj6oVitY8SRvBtDBLPuO18U547D1egUzOhpSoAeq4bProMPDlYAkUoChoF_8Ufx8qqe_1Uw/s1600/1403097487690.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCp2FgXNue7mWvDlSVszQ66iRjxL4-IOIpHVyKKv9vOouMnJnE7savmiw6v8XqSo9RKk_9wj6oVitY8SRvBtDBLPuO18U547D1egUzOhpSoAeq4bProMPDlYAkUoChoF_8Ufx8qqe_1Uw/s640/1403097487690.jpg"> </a> </div>Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2Natal,-5.832798 -35.207382tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-74035073768359227392014-06-05T20:46:00.001-07:002014-06-06T21:34:31.924-07:00Flor<div dir="ltr">
Me sinto bem</div>
<div dir="ltr">
feliz porque o modernismo atenta pras gotas de chuva<br />
e o celular descarregado me faz atentar pros raios de lua</div>
<div dir="ltr">
feliz por pingar em meu prosaico cotidiano doses da cal mais poética de que já se ouviu falar</div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-68086566528646424442014-06-05T20:36:00.001-07:002014-06-05T20:36:02.483-07:00M<p dir=ltr>nada é tão imã<br>
quanto um professor<br>
de literatura apaixonado<br>
pelo que ensina</p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-29289555048245526852014-06-02T20:58:00.001-07:002014-06-02T20:58:15.127-07:00Sinto muito<p dir=ltr>Mas quer saber? Não sinto culpa. Sim, você é incrível e meu ego adora que você veja qualquer coisa de poesia em mim. Qualquer coisa que valha a pena. Sim, você é incrível, mas isso não te dá o direito de dizer ao que eu vim e ao que eu não vim pro mundo. Mesmo que eu concorde contigo - e não estou dizendo que concordo. Ainda não me decidi sobre o que penso de mim mesma.</p>
<p dir=ltr>Você tem o direito de ter se sentido ofendido. Até porque, numa coisa está mesmo certo: deixei meu recado claro (ainda que sem querer): não quero compromisso. Com nada. Com ninguém. Com arte nem ciência. Com realidade de nenhum tipo. Comigo. Ninguém. </p>
<p dir=ltr>Sinto muito: tristeza, alegria, raiva, ansiedade, medo, amor. Mas não deixo senão rastros de sonhos em meu travesseiro ao despertar. Culpa alguma mora em mim.</p>
<p dir=ltr>Sinta você. <br>
</p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-15329409414063521242014-05-26T16:32:00.001-07:002014-05-26T16:33:06.026-07:00Bons ventos trarão a verdade<p dir=ltr>Curioso como a trilha que eu compus para um ex amor se adeque tão bem a outro ex amor. </p>
<p dir=ltr>Fosse noutros tempos, eu faria questão de ir te perguntar que foi que eu fiz pra simplesmente não ser tratada por você. Você que sabe perfeitamente o quanto eu detesto mais que tudo ser ignorada - porque destratar alguém é agir sob raiva mas ignorar alguém é brincar de considera-lo nada. E ninguém merece ser alvo de uma suposta invisibilidade. Você que sabe que eu não ignoraria nen meu maior inimigo (caso eu me desse ao luxo de ter inimigos).</p>
<p dir=ltr>Mas hoje sua ignorância não fere sequer meu ego. Talvez eu esteja mais madura desde o fim daquela história tristemente linda que eu tive a oportunidade de protagonizar tres años tras. Talvez eu tenha até me tornado menos sensível. </p>
<p dir=ltr>Mas eu tendo a crer que minha quase indiferença tenha a ver com o fato de, dessa vez, eu trazer minha consciência absolutamente limpa.</p>
<p dir=ltr>Olho na tua cara e já nem te reconheço, o que também tem lá seu lado bom: aquela criatura a quem eu mil vezes declarei meu amorzinho ainda é de caráter intacto na minha memória. </p>
<p dir=ltr>Como a memória é cuidada pelo reino do Passado, importa menos o que é real do que aquilo que se lembra. </p>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-43286756303678159512014-05-21T10:32:00.001-07:002014-05-21T10:32:11.418-07:00la vida es circote veo<br />
me ves<br />
no nos miramos<br />
<br />
otra gente<br />
te aprieta las mejillas<br />
a otra risa suenan<br />
tus chidas cosquillas<br />
<br />
otras amigas<br />
de otra novia<br />
? otra madrina?<br />
<br />
cambio de opinión<br />
(incluso política)<br />
(si ustds supieran<br />
cuántas q están equivocadas...)<br />
<br />
no te extraño<br />
pero te pienso<br />
- !no lo niego! -<br />
<br />
es que eso es raro...<br />
el tiempo pasa, las cosas cambian<br />
y lo que ya fue un solo corazón<br />
hoy son trocitos de planetas diferntes<br />
ineditamente combinados bajo la luz de un nuevo día.<br />
un nuevo rompecabezas, una nueva cuerda floja.Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-6984269300885524142014-05-18T18:00:00.002-07:002014-05-18T18:00:34.277-07:00A vida é um observatório da própria vida<div style="text-align: justify;">
Há alguns dias, lembro-me bem, descia as rampas da faculdade acompanhada de dois amigos. Ríamos à toa, falávamos amenidades - a prova de fonética, aquela professora louca, etc. Eu estava frágil naquele dia. Frágil a ponto de não entender que, ao final das rampas, era natural que cada um seguisse seu caminho. O rapaz foi para o metrô. A moça foi para um ponto de ônibus do outro lado da rua. E eu me vi só.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu <b>me senti</b> só.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Senti o peso da solidão caindo nos meus ombros como se meus ombros sustentassem ali todo o firmamento. (A solidão é de um azul escuro como o azul escuro do céu quando é noite. Mas sem o pontilhado de estrelas. E azul escuro sem estrelas PESA.)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltei pra casa fragilizada e desesperadamente solitária. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dias passaram. Na tarde de hoje, estive em uma bela biblioteca com uma amiga. Mergulhamos cada uma em diferentes corredores que se dispunham lado a lado - ela, no que se via escrito "cinema" e eu, no que se via escrito "teatro". Nossa entrada simultânea nos diferentes corredores parecia ter sido coreografada. A risada foi inevitável. Me senti acompanhada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não porque houvesse alguém ao meu lado, mas porque havia a possibilidade de recorrer a alguém caso fosse necessário. Pode ser bobeira, mas aquele instante foi precioso. Entendi o seguinte: é natural cada um seguir o seu caminho. Cada um mergulha no corredor em que se vê escrita a palavra que lhe apraz. Mas os corredores estão todos dentro de uma mesma biblioteca, então, sempre acabaremos esbarrando com aquela amiga que tanto se precisava encontrar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-66832025511861126152014-05-03T12:20:00.000-07:002014-05-03T12:25:45.097-07:00Geração-manifesto-frivolidade<div style="text-align: justify;">
Não, não, não, não, eu não consigo. Não acho que sexo obrigatoriamente tenha a ver com amor nem sou ninguém pra julgar quem lida com sexo de maneira leviana - cada um sabe de si. Mas eu não consigo achar que é só uma questão de pele. Sem olhar, sem arrepio, sem um encaixe absoluto e um certo afeto não dá, não dá, eu não consigo. Não me entenda mal: adoraria conseguir. Imagino que seja uma questão de entrega. Talvez eu só não esteja bêbada o suficiente, mas você está. E minha saia - é bem provável - é suficientemente curta pra você achar que eu tenho uma relação bem mais simples com o meu corpo sob o corpo de outras gentes. Mas ao contrário do que disse Elis naquela música que tocou agora há pouco, meu caro, as aparências enganam sim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinceramente, nem o beijo assim, invasivo, faz sentido. Sem conversa, sem um flerte, sem - talvez, sei lá - suas mãos passeando lentamente pelo meu pescoço. Gosto dos seus olhos, da sua barba, da sua maldita blusa xadrez que me fez te perder no meio de mil caras de blusa xadrez. Gosto do seu beijo, até. Não me entenda mal. Mas não o suficiente para querer te beijar de novo, por exemplo - apesar dos seus olhos. As pessoas quase nunca lembram disso, mas um beijo é algo peculiarmente íntimo, e eu gosto muito dessa palavra - "íntimo" - porque ela diz exatamente o que eu quero dizer. É como se a palavra entrasse em mim quando eu a profiro: íntimo. Depois, ela escorre pelos cantos da boca, como escorre doce pelos cantos da boca de quem se delicia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando eu pergunto quem é você, tudo bem se resumir em "João". Mas isso é muito vago, entende? Minha pele não quer saber teu nome. Meu corpo não ta interessado na faculdade que você faz. Eu queria mesmo era saber sua cor favorita, saber se você chora quando vê um filme triste, se acredita em deus e qual música você mais canta enquanto toma banho. Bacana você morar perto de uma saída do metrô em Copacabana, mas, sinceramente, acho melhor você procurar outra menina de saia curta pra te acompanhar na volta pra casa. Boa noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-39028720236789622472014-04-24T09:21:00.000-07:002014-04-24T09:23:25.558-07:00Deixar no ar<div style="text-align: justify;">
Apolo,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Te disse que ia escrever quando chegasse em casa e é só por
isso – e não por falta de preguiça ou cansaço – que eu to fazendo isso agora.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Foi assim. Comecei a escrever e não parei enquanto o sono me
deixasse continuar.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Assim, sem pensar. Sem revisar. Sem voltar atrás pra me
corrigir – como eu deveria agir o tempo todo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu não sei por que eu não
consegui olhar pra você quando disse que você é especial ou importante, ou seja
lá o que eu tenha dito, mas acho que é pelo mesmo motivo que te fez dizer
“minha mãe diz isso todo dia!” naquele tom de brincadeira de quem não sabe ou tem vergonha de lidar com seriedade. Ou não quer deixar o clima sério demais, embora tivéssemos
ali a leveza da pena de uma pomba branca voando sem destino com a brisa na
beira da praia de Copa num dia de sol ameno. Mas a verdade é que você é, de
fato, muito especial. Muito. Não é coisa pouca, não. Você é daqueles que fazem
a vida valer a pena.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque você me faz perceber
coisas em mim que eu sei que me fazem valer a pena. Porque você de vez em nunca
se abre comigo e me fala da sua vida, e cada segundo de confiança que você
deposita em mim e é extremamente valioso e eu queria que você soubesse disso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu nem acho, por assim dizer, “necessário”
estar escrevendo isso tudo pra garantir que você saiba o tamanho da sua
importância na minha vida. De certa forma, estar aqui escrevendo pra você até
vai contra algumas coisas que eu tenho pensado ultimamente. Porque algumas
coisas – as mais importantes, desconfio – não precisam ser ensinadas,
racionalizadas, explicadas, entendidas. E eu sei e você sabe (e eu sei que você
sabe que eu sei) disso. As coisas mais importantes na vida só precisam ser
sentidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas eu to te devendo três
palavras há uns três anos e sei que você merece isso, por menor que seja minha
atitude, embora eu esteja escrevendo e não falando... Mas imagine minha voz
dizer assim, bem forte: eu te amo.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E ainda vou conseguir dizer isso
te olhando fundo nos olhos, talvez com algumas lágrimas escorrendo pela minha
pele, e certamente com o coração recarregado de esperanças, pronto pra me fazer
seguir em frente, em busca de um rumo qualquer que me faça genuinamente feliz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com todo o sentimento do mundo,</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Zanni</div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-56526222991793683502014-04-21T14:07:00.000-07:002014-04-21T14:30:05.931-07:00Tô de licença!<span style="background-color: white; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> Eu já não sou mais a tua pequena, que pena... ♫ Que pena, amor. Que pena que outra pessoa te chame assim. Que pena que você chame outra pessoa assim. Não que seja pena você estar feliz. É pena que minha felicidade não siga o compasso da tua. Ando sincopada. 3 por 3. 1. E você? Calmaria acompanhada de calmaria, imagino. Paixão faz isso. Mãos dadas. Amor. Seu amor, minha saudade. </span></span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> Que pena que eu não pude ser o amor que você julga merecer. Que pena que você não foi o amor só meu pra sempre. Que pena, que pena... Eu só sei me sentir pequena? Diacho! Será que vai vir outro amor? Deve vir. O amor sempre vem, dizem. É só estarmos alinhados com o universo, creio. Mas será que vai ser tão amor do jeito que o nosso era? Prevejo comparações. É a minha cara comparar flores e declarações. Acho que é a sua cara, também. E nessas comparações, é claro, quem ganha é quem ta do teu lado agora. Tanto ganha que continua do teu lado. Já reparou nessa competição surda que existe entre o amor presente e o amor passado? Fico desejando que, mesmo que só de vez em quando, você sinta falta de mim.</span></span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> Será que o seu amor de agora é tão Amor quanto o nosso foi? Sinto sua falta. Já passaram tantas águas que nem sei mais distinguir se sinto falta do seu amor ou de um amor qualquer. Já mudei tanto e voltei a ser quem era tantas vezes que não sei bem ao certo no que acredito quando o assunto é esse tal de amor. O amor... Essa complicação toda sem a qual eu não pareço conseguir ser feliz. Me identifico comigo como se eu não fosse eu. </span></span><span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 18.200000762939453px;"><span style="text-align: justify;">Me identifico com o meu próprio sentimento como se me deparasse com uma poesia de um desses grandes poetas. Vinícius, por exemplo. Sinto como sinto quando leio um poema de Vinícius e me identifico profundamente com o que ele diz. Sinto como se encontrasse o meu sentimento fora de mim. Uma espécie de compreensão recíproca, vinda de um mesmo lugar: meu peito.</span></span><span style="font-family: inherit; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"> Tanta coisa boa</span><span style="font-family: inherit; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"> na minha vida, e eu inerte. Essa peça, e a delícia que é estar no palco e</span><span style="font-family: inherit; line-height: 18.200000762939453px; text-align: justify;"> no camarim. A delícia que são os caquinhos de texto, os aplausos, os agudos que brilham, os elogios, a maquiagem e o figurino. O estágio, e a maravilha que é gostar tanto de querer ser professora. O laço que nunca se dissipa, os amigos tão bons, e o fim de tarde olhando Marani. Toda a grandeza da qual tenho percebido ser capaz... É tudo maravilhoso! E eu inerte. Maldita internet. </span><span style="font-family: inherit; line-height: 18.200000762939453px;"> Não é que eu seja triste todo dia. Tenho fases como a lua, já diria Cecília. E hoje estou cansada, como Clarice. Cansada de fingir que te esqueci. Não é possível lidar bem com a tua ausência todo dia, afinal. Às vezes escrevo por isso. Escrevi n'alma um poema cujo eu-lírico, após muito penar, superou seu ex amor. Mas hoje, o tal eu-lírico cansou. Hoje, a força está de licença. Como na época em que se brincava de pique-pega. Você deve ter brincado disso também. A gente pedia "licença", e ninguém podia pegar a gente. Licença poética deixa o eu-lírico imunizado da doença que é a obrigação de ser forte todo dia. Hoje, vou ser fraca. Hoje, vou assumir pro espelho que te amo e que sinto tua ausência em cada centímetro da minha pele. Hoje, vou admitir pro meu orgulho que tenho preguiça de seguir em frente. Tenho sido tão forte pra quem sofre de lonjuras, como Caio! Hoje vou me permitir sentir tua ausência e por ela sentir tristeza e não sentir culpa por isso. Hoje eu vou sentir. Ah, vou. Hoje eu vou sentir muito.</span><br />
<div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-1146268494881225422" itemprop="description articleBody" style="line-height: 18.200000762939453px; position: relative; width: 586px;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444; line-height: 1.6; margin-left: 0.5em !important; text-align: justify; text-decoration: none;"><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=457741915395299102&postID=1146268494881225422&from=pencil" style="color: #444444; line-height: 1.6; text-align: justify; text-decoration: none;" title="Editar postagem"><img alt="" class="icon-action" src="http://img2.blogblog.com/img/icon18_edit_allbkg.gif" height="18" style="border: none !important; margin: 0px 0px 0px 0.5em !important; position: relative; vertical-align: middle;" width="18" /></a></span></span></div>
</div>
</div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-90580364570149651882014-04-16T08:02:00.000-07:002014-04-16T08:02:01.581-07:00estive pensando...diz-se por aí que os olhos são as janelas da alma. creio que o avesso também vale: as janelas são os olhos da casa. nos observam viver. observam a vida correr nas ruas - ai, o lado de fora de nós! - e, a fim de não morrer de solidão melancólica, contam tudo o que veem às paredes que, como bem sabemos, tem ouvidos.<br />
<br />
deve ser por isso que eu gosto tanto de janelas: elas me mostram o mundo e me mostram a mim bem mais do que qualquer espelho. e bem mais do que alcança a minha vã miopia.Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-45002369481662115422014-03-30T11:31:00.000-07:002014-03-30T11:31:14.454-07:00Veterano de guerra<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Clube de Leitura e Escrita Criativas<br />uma postagem sobre o tema "Insólito"</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fala-se em demasia sobre o cheiro dos livros novos. Ah, o
cheiro do novo! Ah, o cheiro do prazer de adicionar algo novo a uma estante de
velharias! Renova-se – diz-se – toda a vida!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pois sim!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Duvido da graça do cheiro dos livros novos. Aqueles livros
com cheiro de plástico, cheiro de quilometragem zerada, cheiro de páginas sem
orelhas, sem rabiscos, impressões, anotações e lagriminhas derramadas à meia
luz de uma noite insone. Um papel que seria inteiramente branco não fosse a
presença daquelas letrinhas feitas de tinta prensada contra o papel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais vale o cheiro dos livros velhos! Aqueles livros de
edições tão antigas que os avós de nossos avós devem ter visto nas vitrines.
Aqueles de páginas já amareladas, nas quais estão impregnadas histórias das
mais variadas... Muito mais histórias do que um único livro seria capaz de
abarcar sendo só um livro intocado (porque o que faz de um livro um livro é a
leitura – não o formato).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqueles livros que foram entregues ao sebo como crianças
entregues a um orfanato. Livros abandonados, solitários na fila de espera por
um leitor novo com cheiro de alguns quilômetros de história já rodados, mas com
disposição o suficiente para rodar muitos outros, no plano do fictício e do
real.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqueles livros que custam cinco reais nas deliciosas feiras
itinerantes. Livros temporariamente órfãos porque uma mãe solteira precisava de
grana pra botar comida na mesa e vendeu sua coleção – imagine só: há gerações
na família! - de clássicos nacionais. Capa dura, vermelha. Título escrito em
dourado. Livros desprovidos de dono porque um jovem interiorano quis tentar a vida
no Rio de Janeiro e largou seu On The Road nas proximidades da rodoviária pra
ser de alguém que precisasse lê-lo. Porque uma moça perdeu seu amor pra morte e
nunca mais suportou ler Cyrano de Bergerac.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ninguém se despede de um livro sem dor, ainda que não se dê
conta da dor que abriga.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ninguém adquire um livro que não seja novo, mesmo que o
adquira já velho de guerra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ninguém adquire um livro sem se renovar um pouco (ou sem renovar
um pouco o próprio livro), mesmo que o livro já exista há mil milênios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ninguém deixa de envelhecer - pasme! - ao comprar um livro novo em folha.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas um livro que já teve outro(s) dono(s), por trazer em si o
triplo de histórias, dá a cada palavra mais mil possibilidades de significado
do que o usual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Livro usado tem cheiro de história vivida - o que, de maneira alguma, impede as histórias ainda por viver.</div>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-9156853008183258552014-03-14T09:13:00.001-07:002014-03-14T09:13:52.411-07:00Cadê você?Ah, a felicidade mora dentro de mim! Posso senti-la em cada poro do meu corpo e em cada imaterial da minha alma como sinto esse sol se escaldando na minha pele. Mas ainda sinto falta de você, amor. Não, não vocês, amores passados. Vocês foram incríveis, mas não sobra nenhuma falta de vocês aqui onde o vento é brisa. Sinto falta de um amorzinho pra dar beijinho, acordar agarradinho e botar tudo no diminutivo como se não houvesse amanhã. Um xodó, como diz a canção, pra alegrar ainda mais o meu viver. E digo "ainda mais" pois escrevo sem pesar nenhum. A alegria está aqui. Mas quero um ombro pra encostar meus cabelos e minhas doideiras, e quero uma cabeça pra fazer cafuné e ajudar a ser feliz. Uma boca pra lembrar que delícia é beijar na boca de quem se ama. Um corpo pra desbravar, conhecer cada pedacinho, saber como atiçar,satisfazer e tranquilizar. Uma criaturinha pra confiar e entregar minha gratidão. Pra dançar Reconvexo bem arroxado como se nossos corpos pudessem ser um só. Cantar aos fins de tarde e sonhar com o futuro sem esquecer de viver aquiagora.<br />
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Onde eu te encontro, meu amor? Nas festas onde ninguém se ouve? Nos corredores do meu lugar de estudo, mais uma vez? Será? Bem do meu lado, talvez, e eu nem percebi? Em algum lugar que eu ainda nem sei que existe? Ou ainda muito, muito longe e tão diferente de mim que eu jamais imaginaria? No prefácio de algum livro que eu nem sonho em escrever? Talvez no céu azul. Sem nuvens.<br />
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Me parece um bom lugar.<br />
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<br />Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-10766037775242727742014-03-13T06:23:00.000-07:002014-03-13T06:23:25.941-07:00pequenas poéticas da vida cotidiana<br />
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<li>A moça de vestido branco virando a esquina em passeio com seu labrador.</li>
<li>Uma senhora gorducha e solitária tomando frappé na browneria.</li>
<li>A mãe solteira dando ao filho de mamar.</li>
<li>As brincadeiras em família.</li>
<li>Os cabos conversando com a copa das árvores.</li>
<li>O professor que fala com as mãos contando piada.</li>
<li>Minha parede destroçada.</li>
<li>O senhor que me deixou passar no trânsito.</li>
<li>A amiga que apareceu de surpresa.</li>
<li>As músicas que nunca deixam de fazer sentido.</li>
</ul>
Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-526385192814045233.post-47799925114868693692014-03-11T19:34:00.001-07:002014-03-11T19:36:41.013-07:00Sobre "Ela"<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16px;">Finis,</span></div>
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Você já viu "Ela" (aquele filme de cartaz rosa)? Esse filme me fez lembrar de tanta coisa... Por exemplo, de dois outros filmes (Matrix e a A Mulher Invisível) e um mangá: Chobits (você curte mangá? Eu já curti um bocado, mas já passou a fase). E lembrei dessa nossa relação "virtual". É claro, é diferente do filme. Você é uma pessoa de verdade e nós não temos um envolvimento amoroso. De todo modo, fiquei pensando nisso, entre outras coisas... A amiga com quem assisti o filme achou bastante graça do fato de um homem se relacionar com um sistema operacional. E eu fiquei matutando: será que não é isso que nós estamos fazendo? Não nós "Luísa e Finis trocando emails", mas todas as pessoas. O Facebook, o Twitter, os sms são plataformas que virtualizam nossas relações. Querendo ou não, perdemos um pouquinho de humanidade, e isso tem seus prós e contras. Discorda? Acho até que independentemente de tecnologias e redes sociais, vivemos de idealizar o outro.</div>
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Escrevo de dentro do metrô. No meu campo de visão, posso contar 6 pessoas mexendo em seus celulares. 7, se me incluo. Não sei direito em qual ponto quero chegar, afinal, o filme me fez pensar em tantos! mas... Isso não será um tanto esquizofrênico? Ou será só uma reprodução do que o ser humano faria de qualquer forma, com ou sem tanta tecnologia à disposição? Já fiz grandes amigos pela internet. Seu caso é especial porque não sei teu rosto. Não sei tua voz. Por isso Ela me lembrou do Finis. Enfim... Quando Samantha disse ao Theodore que conversava com outros milhares de pessoas enquanto conversava com ele, ele ficou com ciúmes (essa cena me fez pensar sobre tudo o que sempre pensei sobre amor, suas liberdades e as amarras que criamos tentando prendê-lo sem saber que assim o matamos). Assim como eu fiquei com ciúmes quando não recebi uma despedida exclusiva sua antes do carnaval, e até ralhei com você por isso. Não serei eu também um pouco esquizofrênica, nesse sentido? Será que o Theodore é louco por se apaixonar por alguém que não existe? Mas não é isso que fazemos sempre que nos apaixonamos por alguém e, por consequência, por toda a idealização que fazemos daquele alguém? Será que existe alguma possibilidade de gostarmos de verdade de alguma coisa, atividade ou pessoa pelo que ela é, essencialmente, e não por aquilo que ela representa pra gente?</div>
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Sabe, no fundo, eu acho que quem manda em tudo é a cabeça da gente. A gente ESCOLHE ser feliz ou não, gostar ou não de algo ou alguém. Só não sabemos disso. Theodore, afinal, não está tão louco. Se sentia só e se agarrou em algo que, por algum motivo, fez ele não sentir mais solidão. Acho que é o que nós fazemos o tempo todo. O que você acha, Finis?</div>
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Um beijo grande, grande, grande (apesar de virtual),</div>
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Lu</div>
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Luísa Zannihttp://www.blogger.com/profile/02152280018919342351noreply@blogger.com0