sexta-feira, 29 de julho de 2011

Divisão total de bens

   Eu queria poder dividir tudo contigo pra sempre. Eu queria não me sentir uma idiota por acreditar nessa besteira da nossa amizade ser eterna e eventualmente levar a sério o tal do casamento aos 30. Eu queria não ter que me odiar por gostar tanto de você. Eu queria que você se esforçasse um pouquinho mais pelos outros e parasse com esse egoísmo besta. Alguma vez na sua vida você pensa em alguém além de você? Alguma vez na sua vida você foi realmente foi sincero com teu suposto carinho, amor e atenção direcionados a mim? Ou foi tudo só um alento à pobre menininha carente de atenção? Dispenso caridade, obrigada. Tenho amigos que me dão amor de graça, independente do estado de espírito deles naquele segundo, e são eles que merecem essa mesma atenção, não você.
   Sei muito bem que essa história me abalou tanto porque me pegou no olho do furacão: tpm. Mas você não sabe disso. E nem vai saber. Porque, hormônios culpados ou não, você me magoou mais de uma vez, e dessa vez foi a gota d'água. Você me magoou feio e nem se deu conta, aposto.
   Não me importa o quanto você estava triste. Você não foi capaz de perceber o mal você estava me fazendo de novo, pelo mesmo motivo. Existe uma coisa chamada altruísmo, coisa essa que você desconhece, e eu não sei ser amiga de gente assim. Até tentei, como você pode ver, mas me machuca demais e hoje eu tô aqui te dizendo tchau. Esse tchau pra sempre, que chamam de "adeus", mas "adeus" é dramático demais e você não merece o meu teatro.
   Meu orgulho não acha que você mereça saber mais nada de mim, muito embora você seja uma das pessoas com mais potencial pra mudar o mundo que eu já conheci na minha vida. Quer se afundar na sua tristeza? Aproveite. Eu não vou mais estar por cima do poço te oferecendo a mão, o braço, os dias, as semanas pra te ajudar a vir pro lado de cá. O pior é saber que você nem vai ligar pra nenhum sinal meu, nem que seja um outdoor com com letras vermelhas e pisca-piscas gritando "DÁ PRA ME DAR ATENÇÃO?". Nada que eu faça pra você perceber que me machucou nunca faz diferença até eu correr atrás de você de novo. Aí você se desculpa, eu te desculpo, e fica tudo certo, até você errar de novo. Só que dessa vez não vai ter "de novo". Eu cheguei no meu limite.
   Meu erro foi achar que eu valia tanto pra você quanto você pra mim, e não vou errar de novo outra vez novamente. Não com você. Obrigada por toda a caridade e boa sorte se quiser encontrar uma amizade como a minha por aí.

4 comentários:

  1. Um melodrama de menina que não se sente segura. Se você perceber bem, isso tudo que vc escreveu é insegurança.

    Enquanto ao meu texto lá, comparei com a Amy pelo fato de muitos não entenderem ela sakas? kkkkk
    Eu também me sinto daquele jeito. É difícil essa situação e não vejo como mudá-la.

    Beijos, boa sorte pra nós!

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  2. Luísa,

    Uuma das coisas mais difíceis da vida é reconhecer o início do fim de uma relação. Acredito que só abrimos de verdade os olhos quando percebemos que não há mais forma nem motivo para esticar, prolongar o que já estava na sobrevida.

    Para um relacionamento dar certo os envolvidos precisam querer a mesma coisa, seja o que for.

    Gostei do texto, vi lucidez nele, apesar da mágoa compreensível.

    Um beijo, seja bem-vinda ao meu blog. Vou acompanhar o teu.

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  3. tem dias em que não aguentamos e resolvemos jogar tudo pro alto, as pessoas vão primeiro. É triste, mas ás vezes é difícil lidar com seres tão animados.

    Beijos ;)

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  4. Eu já perdi as contas de pras quantas milhões de pessoas na minha vida eu poderia ter dito algo assim. E eu costumo adorar textos em formato de cartas, eles sempre me soam mais sinceros que qualquer outro, e com o seu não foi diferente.


    Beijos.

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Obrigada pelo comentário! Vou ler, e depois publico e respondo, ta?