Muito estranho - Nando Reis
(agradeço à Luna, que me ensinou a usar um player decente no blogger)
Diz-se por aí que o amor é cego. Talvez porque o amor seja de uma beleza tamanha que nos torna capazes de abstrair os defeitos da pessoa amada. Sem perceber ou se importar com defeitos, cada detalhe salta aos olhos, torna-se lindo, e faz meu amor renascer a cada segundo, sem que em nenhum momento tenha morrido. E eu adoro cada atitude despretensiosa tua, que me torna ainda mais apaixonada por você a cada olhar. Sorte a minha que amor é coisa que preenche sem ocupar espaço. Se não, meu amor teria se alastrado por mim e me estilhaçado em mil pedacinhos na primeira vez que eu te beijei. Ou melhor, na primeira vez que você me beijou. Falando nisso, adoro quando você me puxa pra um beijo. Isso causa uma espécie de pausa no meu raciocínio e me impede de tomar qualquer atitude contrária à tua. O que é, lançando ao vento minha modéstia, uma prova da sabedoria do meu inconsciente. Afinal, convenhamos, negar um beijo teu não é atitude das mais inteligentes.
Adoro a reação do meu corpo ao teu toque. Adoro as tuas mãos deslizando pela minha pele. Adoro não precisar ter pudor nenhum em te informar que adoro que você saiba sempre exatamente como, quando, onde e o que eu quero. Adoro aqueles instantes em que a gente fica só se olhando, e de repente você fala "oi, tudo bem?". Adoro quando você me liga e diz que "não tem nada pra falar" porque eu sei que depois disso vem algo como "é só porque eu tô com saudade, mesmo", ou "só que eu te amo". Adoro as segundas-feiras que tem você no final da aula. Adoro noites interrompidas pela tua imagem na minha cabeça. Adoro quando eu quase me desvencilho de um abraço e você me aperta mais forte do que antes. Adoro como meu abraço anseia o teu. Adoro as tuas cartas. Adoro o teu colo. Adoro, meu deus, como adoro teu cafuné! Adoro as tuas tentativas de disfarçar ciúme sobre gente que nem me importa mais... Adoro quando eu falo qualquer coisa que te deixa sem graça e você desvia o olhar do meu com um sorriso lindo e discreto nos lábios. Adoro as músicas que nos unem. Adoro o seu instinto assassino ao ver um mosquito. Adoro quando você segura a minha mão e sabe que isso diz tudo o que nem as palavras conseguiram dizer sobre a gente. Adoro tudo que a gente construiu até aqui, e adoro a expectativa do que ainda pode vir. Queria te dar a exata noção do quanto sou capaz por você e, melhor ainda: com você. Contrariando Manuel Bandeira - com todo o respeito - embora o meu corpo tenha, sim, verdadeira devoção pelo teu, é na minha alma que fica guardado o meu amor pela tua.
Oi, Luísa.
ResponderExcluirLer algo romântico é algo de que eu ando fugindo como o didi foge da cruz, mas comecei a ler teu conto e resolvi continuar. Sabe, eu gostei e isso me fez dar uma vasculhada pelo Blog. Acabei me dando conta de uma coisa bem bacana depois de ler teu conto e foi válida minha passada por aqui.
Quando puder dá uma passada pelos meus Blogs.
Beijão!
Isso é o que? Uma declaração de amor das mais perfeitas que já vi!
ResponderExcluirPosso copiar? Brincadeira!
Adorei a sensibilidade e visivel sinceridade nas palavras.
O aplauso foi sorrindo e o silêncio desviando o olhar tímido. Tadinho de Manuel Bandeira.
ResponderExcluirLuísa, que linda tu, que iluminada, cintilante, levitando nessas palavras doces!
ResponderExcluirO que dizer?
Não há, apenas sorrir, como estou fazendo agora, desejando tudo de melhor pra vocês.
Amor é o que há, minha flor!
Beijo grande.
Que bom que o conto te despertou essa 'raiva', como autora do conto, também queria que eles continuassem mais um pouco.
ResponderExcluirMas nem todas as histórias de amor precisam de um final feliz para serem lindas.
Fico feliz com sua visita e volte sempre.
Estou te seguindo.
http://iasmincruz.blogspot.com/
Adoro o seu instinto assassino ao ver um mosquito.
ResponderExcluirHahaha.
Olá, passando aqui para retribuir a visita, e me deparei com esse texto bonito. Uma declaração de amor muito fofa! =] Beijos
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