sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Soneto da dúvida

Quanto ainda morrer por dentro
Pra aprender a viver pra fora?
Quantas declarações e quanto alento
Pra fazer bem a quem te adora?

Quantas noites sem dormir
Por uma dor, um desatino?
Quanto orgulho pra cair
Nas travessuras do destino?

De que valem deuses, santos, anjos?
Pra avaliar minha conduta?
Como se extirpa um sentimento?

Sinto que há em mim um banzo
Um grito que ninguém escuta
Um canto que, hoje, é só lamento.

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