segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Discordo (de mim)! - Parte II

A vida toda só me faz pensar no quanto a Vida era mais simples na infância. Lá, sim, eu não podia querer ser nada e tinha em mim todos os sonhos do mundo. Eu era Pessoa e nem sabia disso.

É como aquele poema que escrevi em meu diário numa dessas madrugadas insones: não é que eu esteja infeliz. Muitíssimo pelo contrário! Mas a convicção das pessoas sobre pensarem saber o que é melhor pra mim é algo que me incomoda. Me paralisa. Fico sem jeito, sem retórica, sem argumento. Digo, os contra-argumentos existem - em massa! -, mas ficam todos congelados, perplexos, perante a intolerância de quem só deveria ser abraço.

chove.
é madrugada e estou insone.
sinos esbarram no vento e chega aos meus ouvidos o som de um coro de fadas.
nenhum motivo justifica essa extraordinária ansiedade.

estou feliz e calma. serena.
certa do meu desejo com é certo que as gotas de chuva tocam o chão.
calma ante meu destino como é calmo o som que elas produzem na trajetória.
sou cria, porém, de um tempo em que a prece aflita é, na romaria, a maior canção que se faz ouvir.

um desespero inato me faz elevar em oração minha vontade de que deus se mostre pra mim.
minhas palavras todas saem porcamente da minha caneta,
e sigo feliz e calma. serena.

exatamente como estava antes de desistir de dormir.
só que mais ansiosa. só que menos ansiosa.

                                    




Ah, não... Esse post não é pra ser lido e entendido. Esse post é só um apelo infantil por um mundo onde a maior preocupação das pessoas seja qual cupcake comer primeiro.

Um comentário:

  1. tem um monte de gente que sabe o que é o melhor pra mim, mas o pior é que eu deveria saber disso e não os outros!

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Obrigada pelo comentário! Vou ler, e depois publico e respondo, ta?