Curioso como a trilha que eu compus para um ex amor se adeque tão bem a outro ex amor.
Fosse noutros tempos, eu faria questão de ir te perguntar que foi que eu fiz pra simplesmente não ser tratada por você. Você que sabe perfeitamente o quanto eu detesto mais que tudo ser ignorada - porque destratar alguém é agir sob raiva mas ignorar alguém é brincar de considera-lo nada. E ninguém merece ser alvo de uma suposta invisibilidade. Você que sabe que eu não ignoraria nen meu maior inimigo (caso eu me desse ao luxo de ter inimigos).
Mas hoje sua ignorância não fere sequer meu ego. Talvez eu esteja mais madura desde o fim daquela história tristemente linda que eu tive a oportunidade de protagonizar tres años tras. Talvez eu tenha até me tornado menos sensível.
Mas eu tendo a crer que minha quase indiferença tenha a ver com o fato de, dessa vez, eu trazer minha consciência absolutamente limpa.
Olho na tua cara e já nem te reconheço, o que também tem lá seu lado bom: aquela criatura a quem eu mil vezes declarei meu amorzinho ainda é de caráter intacto na minha memória.
Como a memória é cuidada pelo reino do Passado, importa menos o que é real do que aquilo que se lembra.
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Obrigada pelo comentário! Vou ler, e depois publico e respondo, ta?