Tensãozinha leve logo de manhã. E eu não sei se é pelo que eu fiz ontem ou pelo que eu vou fazer hoje. Reler meus diários antigos, concordar tanto com Freud e ter tempo de sobra pra pensar, nessa greve, são coisas que estão mexendo com a minha cabeça, com o meu corpo, espírito e coração.
Agir sem pensar, agir sem pensar, agir sem pensar... Parece que Zappa grita pra mim, num sussurro, enquanto alguém dança uma dança estranha, à meia luz, dentro da minha cabeça. Porque é que a gente se reprime tanto, é isso que eu quero saber. Qual o problema de fazer o que dá na telha se ninguém sair prejudicado? Nenhum, respondo a mim mesma. Então, pra que se preocupar?
Eu não faço ideia do que eu to fazendo, só sei que às vezes me sinto detentora de um poder grandioso, e isso mexe com o meu ego. É como se eu tivesse descoberto a existência de um lugar cheio de mistério, e meu corpo fosse atraído pra esse lugar. É o lugar do sim aos nãos. É onde nasce tudo que deveria nos libertar, mas se torna tabu com o tempo. E não consigo entender onde está o erro na minha nova (?) forma de raciocinar. Quer dizer, eu ando apenas questionando tudo que tomei como verdade nos últimos tempos (refiro-me à essa encarnação).
Sinto que o que eu esperei por anos está a espreita. Tenho um certo receio, confesso. Mas, de todo modo, é melhor enlouquecer aos 18 (quase 19!) do que aos 40.
E, de qualquer forma, uma vitória se constrói feliz dentro de mim: é bem vindo qualquer pensamento que me impeça de ficar triste por quem fez questão de sair da minha vida. Cansei de assumir a culpa do que não fiz.
Baco, embriagado, canta. Só pra mim. Enquanto eu, em sua honra, maquiada de uma forma estranha, grito "evoé!" em cima de um palco, alvo de olhares admirados.
"Não faz mal se pra nós a vida não é doce porque nós vivemos como se ela fosse".
"Não faz mal se pra nós a vida não é doce porque nós vivemos como se ela fosse".
O que vale mais à pena é tentarmos não alimentar tanto o ego, apesar de acreditarmo-nos melhores em variados sentidos. Mas um passo seu é significativo: o de não se sentir culpada por situações difíceis.
ResponderExcluirGostei daqui. E voltarei. Abraços.