quarta-feira, 18 de julho de 2012

Caixinha de lembranças


Escrevi esse poema bobinho (e sincero) em 2008.

Pega tuas fotos de criança,
Repara teu olho risonho
Criança não precisa de razões
Isso não quer dizer que não haja sonhos

Só analise bem as fotos
E repare no sorriso
Como você era tão feliz?
Não existiam compromissos

Pode soar como bobagem,
Mas acredite, pois é um fato:
Nada reflete mais você mesmo
Que tua infância num retrato

Algo freqüente nos meus álbuns
É a presença das minhas amigas
Com elas pude entender
O que mais importa na vida

Criança brinca com o que pode
Seja mentira ou verdade
Quanto mais o vento sopra
Maior se faz a liberdade

Há paixões que se definem
Desde a mais tenra idade
Obsessões inexplicáveis,
Pessoas que deixam saudade

O choro de ontem não vale a pena
Ou teria sido registrado
As alegrias de outrora
São retratos bem guardados

Um comentário:

  1. Adorei. Sério mesmo. Até porque pegou em uma coisa que eu adoro: infância.
    É realmente incrível parar pra pensar nessa idade, em como tudo acontecia... É coisa pra guardar no coração, memórias para manter a inocência. Você agarra o gugu-dada e abre aquele sorriso escondido... ri sozinho.

    Eu lembro que meu primeiro amor foi um menino chamado Tiago. Ele era muito meu amigo e enquanto jogavamos futebol, ele acertou a bola no meu estômago (eu era a goleira). Ele ficou tão triste que passou a tarde me pedindo desculpas... Até hoje eu dou risada de como eu era boba e agradecida pela bola ter me acertado.

    Depois ele veio me contar uma coisa. Disse que gostava da Amanda, uma outra amiga minha. Fiquei muito triste, mas apoiei os dois. Meu primeiro amor não-correspondido... Como era bom.

    Também lembro de outra história. O menino mais violento, alto e bagunceiro da sala gostava de mim. Lembro que quando as meninas perguntavam de quem ele gostava, ele apontava pro outro lado da sala e eu bobona olhava... enquanto estava distraída, ele apontava para mim. Só depois me contaram que era eu a menina que ele gostava... Morria de medo dele, tanto que não conversei com ele depois disso. Minha primeira rejeição...

    Lembro de uma música que não gosto, lembro dos meus personagens favoritos de video-game e de como ficava sentada horas e horas lendo meus livros infantis... Você vê, a infância é minha parte predileta por enquanto. A gente acha que cresce e amadurece na adolescência, se descobre... mas eu acredito que a gente só vai transformando essa criança aqui dentro. Mas ela continua ali.

    O primeiro amor ainda é a principal memória. A festinha de aniversário de 2 anos com enfeite da Turma da Mônica (eu não lembro, mas vi a fita) ainda é minha favorita. Não me pergunte o motivo.

    Obrigada por me fazer relembrar tantas coisas nesses versinhos. São retratos bem guardados mesmo... Desculpe pelo desabafo, tinha tanta coisa pra contar, mas preferi deixar as memórias aqui comigo. rs

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Obrigada pelo comentário! Vou ler, e depois publico e respondo, ta?