À mando dos deuses,
Nasceu como a vês:
Exige do espelho
Resposta aos porquês
Não vê diferença
Entre o dia e a noite,
Entre o amor e a poesia,
Entre a sorte e o açoite
Requer dicionário,
Manual de instrução
E um pouco de sorte
Pra compreensão
Em cima do palco
É que desata os nós
Mais bem amarrados
Pelo seu algoz
Algoz, o espelho.
Qual outro, afinal?
Gêmeo obrigatório
Do bem e do mal
A mão dos poetas
Lhe inspira, talvez,
A ser a tal musa
Que inspira esses reis
Mas caso a mandam
A cabeça baixar,
Decerto, em seguida,
Um brado virá
E a que antes inspirou
Um poeta a escrever
Rouba-lhe tinta e pena
Pra sair a viver,
A criar suas linhas,
A fugir do pesar,
A querer ser rainha
Do poetizar
E o mundo, a mando
De sua mão - Será?
Se irmanará em arte
Se amandará
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Obrigada pelo comentário! Vou ler, e depois publico e respondo, ta?