segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quem muito sente quase sempre é reticente

(...)

- Então você ta sozinha me esperando?
- Tipo isso...

(...)

   Mas aquela réplica não acabava ali. Devia ter continuado: "'tipo isso' não quer dizer "exatamente isso", ta bom?" Esqueci de mencionar algumas coisas que tem relevância (além da parte relevante que você já sabe: o esforço cada vez menos monstruoso que eu ainda faço pra virar minhas páginas, exatamente do jeito que todo mundo disse que ia acontecer, se eu desse tempo ao tempo). Me esqueci de falar de mini-sentimentos por alguém que você não conhece. Sentimentos tão mínimos que sequer me lembrei da existência deles, enquanto meu raciocínio se atordoava com a tua lábia mais uma vez... Mini sentimentos dedicados involuntariamente a alguém que sequer sabe da existência desses mini-sentimentos. A alguém que talvez, no fundo, seja só um plano B, uma rota de fuga pro meu ego caso aconteça o que você deixou claro que pode acontecer. Ah, e que eu sempre soube que podia acontecer, mesmo sem você deixar claro. Mas é justo que você fale sobre isso, mesmo que nós, agora, pairemos no espaço (ao menos, aparentemente) sem fim das expectativas que tem receio de se tornarem (mais) frustrações. Coração calejado corre até da sombra do amor.
   Outra observação importante é: eu não to te esperando. Quem espera é protagonista submissa de filme antigo. Ta certo que você conhece meu lado mais fraco, mas fica alerta. Existem adagas e armaduras aqui dentro, e você não vai querer testar minha habilidade ao usá-las. Tenho uma facilidade inata pra me importar menos em machucar quem usa calças do que quem usa saias. Não se esqueça disso. E se for pra falar de filme antigo, sabe a Scarlett? Sou mais essa aí que qualquer Branca de Neve desenxabida. Só aquele diretor, mesmo, pra achar que eu presto pra Branca de Neve. 
   Tss. Esse blog ta virando diário, e meu diário ta colecionando teias de aranha. Mas dane-se. Meu coração quer falar, e a caneta ta mais longe que o teclado. Meu coração quer te falar muitas palavras, mas sabe que todas as palavras que são filhas da força se resumem numa sentença: não me subestime.

(Pelo amor de deus - se alguém leu esse post - ignore. Isso devia ter menos metáforas, mais nomes e estar escrito no meu diário. Mas eu to com uma preguiça sincera de ir até a cama, levantar o travesseiro e pegar o caderno. E já que escrevi, só me resta postar).

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