segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

sem revizão

Meu sorriso hoje é mais brilhante do que aqueles sorrisos de propaganda de pasta de dente, embora minha boca esteja fechada.

Meu sorriso hoje não é feito de dentes: meu corpo todo sorri por dentro, exibe seu sorriso radiante à minha alma.

Hoje, meu sorriso não se importa se o cara a quem chamam Osho foi um charlatão, nem se distorceram sua imagem, porque só me importa a coerência que eu encontro entre o que esse homem pregou e o que eu sou inclinada a acreditar.

Porque só me importa o fato de fazer muito sentido essa história de termos que plantar felicidade no instante de agora para termos felicidade no instante seguinte.

Não me importa que haja uma corrente de nostalgia e pesar incutida na minha mente tentando me fazer acreditar que essa corrente é intrínseca a mim porque eu já descobri que tenho certeza que posso romper sozinha com essa e tantas outras correntes que tentam me amarrar longe de mim.

Não me importa que na noite passada eu tenha sonhado, literalmente, com o chamado capiroto, apesar de não acreditar em quaisquer demônios, e não me importa também aquele outro sonho que passou longe de ser um pesadelo (mas mexeu comigo bem mais do que qualquer pesadelo mexeria).

Porque ontem eu fui naquele centro Hare Krishna que eu me prometo ir há tanto tempo. Porque hoje eu finalmente achei o filme de 120mm da Bencini que eu herdei da vovó, e quem me vendeu foi uma dona que não se chama Graça à toa. Porque hoje eu fui lá saber como faço para registrar meus poemas e meus sonhos ganharam um pouquinho mais de gosto de palpável. Porque meu pai me deu presentes que eu adorei e seu carinho foi materializado em saia e bolsa. Porque a voz de meu pai me dizendo, antes de atravessarmos a rua, "você é uma boa filha" encheu de lágrimas a retina do meu coração e me presenteou muito mais que a saia e a bolsa.

Porque hoje eu conheci uma escola maravilhosa e vários sonhos renasceram no meu seio, e porque hoje eu levei duas horas para chegar em casa, sendo que talvez nem sequer consiga a vaga que eu quero naquele minicurso, mas nada disso importa.

Só me importa o que une todas as fés: só o Amor e a simples possibilidade do Amor importam.

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